segunda-feira, 9 de julho de 2012

As mãos de um Oba



Mucuiu mãos de Oba;


Singelos vossos sinais;

Há quem te conheça;

Oba de Oxalá...



Mucuiu mãos de Oba;

Apelas pelo Adjá;

A quem te é fiel;

Sacro é vosso desejo

Vibrado nos puros corações.

És realmente um Oba;

Comunicado entre nós;

Fala-nos pelos santos gestos,



Mucuiu mãos de Oba;

Tua fragilidade física,

Oculta a fortaleza espiritual;

Com tua física mão de Adjá;

Consagraste teu ramo, onde sou folha verde.



Mucuiu mãos de Oba;

Valei-nos vossa escolha,

Oxalá 

aceite todos a vossa eleição,

Mucuiu mãos de Oba;

Mucuiu Oba!

Mucuiu ramo da fortaleza!

KaÔ




Kaô, meu Pai
Xangô da Justiça
Senhor dos justos
Pai da Dignidade
Kaô, meu Pai
Fogo que abrasa os corações
Chama que ilumina escuridões
Quentura que acolhe
Brasa que alimenta
Fogo na Pedra
Pedra no Fogo
Justiça estampada
Como carta de jogo
Pedra estampada
Que o fogo ilumina
A lei que separa
O joio do trigo
O fim do começo
Que sela o Bem
A Amizade sem preço
O Amor do fim ao recomeço
Kaô, Xangô
Kaô, Nagô
Mucuiu.
Motumbá.
Kolofé.
Axé ô.
Sua benção.
Kaô Kabencilê!

Oxum a meu pai!



Aieiê nossa mãe Oxum;

Senhora das águas vertentes,

Rogamos a Ti;

o germe da cura;

a água pura;

o colo materno;

o Amor eterno;

Ao nosso pai que precisa,

Da cura em brisa.

Aieiê nossa mãe Oxum;

A Ti nosso canto;

Ao nosso pai vosso manto;

Enxuga dele o pranto;

Pois nosso pranto é um.

Aieiê nossa mãe Oxum;

Senhora das águas vertentes,

Que acompanha pai Antonio agora;

Conceda a cura sem demora;

Pois quem a vida lhe deu uma vez;

Na fé que lhe pedimos;

Lhe concederá outra vez;

Aieiê nossa mãe Oxum!

É da Bahia Sinhô!


Ochente!
Fui preto danado;
dos cumbes da Bahia;
do jogo da capoeira;
das roda de mandinga,
do chero das rapariga.
Muita roda formei;
muita cantiga jinguei;
meu patuá carreguei;
e nesse caroço,
o que tem só eu sei.
Ochente, salve a Bahia!
Salve nosso Sinhô do Bonfim;
Salve nossa sinhora das Candeias;
Salve todos os santos da Bahia.
Eita que pito bom...
Miséra...
Num quero bebe;
Quero pitá!
Eita que pito bom...
Num há cabrunco que se achegue;
mardição que se encoste;
zóio grande que seque,
quem me pede e eu num aconchegue.
Eita pito bom...
Ainda pito feito moço;
rodo gira;
quebro mandiga;
me chamam de baiano,
mas se qué me respeitá,
me chama zé caroço!

A doença

Entre a doença física e a espiritual há uma relação íntima e inseparável, pois um espírito enfermo limita-se ao local maculado do corpo espiritual. Portanto, se este, pela dissolução das máculas, ficar purificado até certo grau, não só desaparecerá a doença do corpo material, mas também será impossível a aproximação do espírito enfermo, e a pessoa se tornará saudável, física e espiritualmente.